quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Morador de rua



Morador de rua

No frio e na solidão,

Envolvido por um cobertor de papelão.
Lagrimas na face tristonha de uma criança.
Lagrimas silenciosas,

Que escorrem pela calçada gélida,
Do destino de quem não tem nada.
A penumbra e a sujeira a encobrir as marcas do
destino e da agressão.

A face ferida,

A barriga que ronca,

O alimento que falta,
A fome que aperta.

Passos na calçada,
Uma sirene a tocar.
Tiros na escuridão,
Balas perdidas a dançar.

Coração acelerado,
Medo a dominar.
Treme a imaginar que ao
seu lado ela irar passar.
Correria na calçada,
Pessoas a gritar.

Coração a palpitar,
O medo a dominar,
O susto já passou,
A calmaria retornou.

A fome que castiga,
A barriga que reclama,
A vista à pesar,
Enfim o sono vem,
Para a fome e o medo aplacar.

Um comentário:

  1. Esse e um poema que escrevi para fazer as pessoas em geral pensar um pouco!!! Pois a vida e um grande jogo, feito de vitorias e derrotas!!!
    E um dia podemos se derrota nesse jogo da vida. e acabar no mesmo lugar que se encontra esse morador de rua...

    Eddy Khaos

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