quinta-feira, 12 de abril de 2012

Sexta-feira 13 banner


Na calada da noite chuvosa,
A morte sorri de olhos fechados.
Os injustiçados!

Os chamados gatos pretos miam em confusão.
A procura de abrigo, nas gélidas e sombrias ruas,
da desilusão.

Eddy Khaos

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Os vencedores do Concurso literário - Almoço em Família




CONCURSO LITERÁRIO — CRÔNICAS: ALMOÇO EM FAMÍLIA
Iniciativa:
Aped – Apoio e Produção Editora Ltda.
e o blog: http://www.eucoracaolivros.com (Roxane Norris)



E os vencedores do Concurso literário - Almoço em Família são...
As escolhas não foram fáceis. Mas enfim foram escolhidos os 30 autores que irão fazer parte do livro. Foram 385 leitores acessando o blog para votar nas 30 melhores crônicas. E o resultado foi fantástico.

As crônicas escolhidas são saborosissimas. Um cardápio de leitura bem variado. O leitor vai poder saborear desde o drama em família, a saudade, a facilidade, a experiência, a alegria... Nossa! Quantos sentimentos uma família nos faz degustar não é mesmo?
Parabéns, aos autores mestre-cuca, que souberam temperar o texto com muita qualidade.



Classificados:


Alana Silva
Amanda Kodama
Barbara Ehier
Camila Silva
Caroline Marinho
Clara Luz
Clóris Peres
Débora Pereira
Eddy Khaos
Fabiana Mattos
Floriano Borba
Kelly Ventura
Larissa Peixoto
Letícia Pereira
Ligia Piola
Lucas Santos
Luciana T
Maíra Torres
Maria Coquemala
Marina Fontes
Michele Mourão
Milla Felácio
Nathália Andrade
Neide Matsumoto
Stella Rea
Sophia Andressa
Thamiris Lopes
Victória Lopes
Welli Oli
Yasmin Pereira




Agora é só esperar sair do forno o prato principal – o livro "Almoço em Família". O lançamento já está marcado para o dia 03 de maio, na Livraria da Travessa, da Rua Sete de Setembro - Centro/Rio de Janeiro, a partir das 17h. Contamos com todos vocês.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A escolha de Hélio

A escolha de Helio

A noite estava fria! E a chuva cai densamente. Poucas pessoas se aventuravam a transitar nas calçadas e ruas alagadas da cidade de São Paulo, mas Helio não tinha opção. Ele, ao contrário dos outros não tinha para onde ir. Acabará de se despejado do quartinho onde morava. Não tinha família e nem parentes ninguém que se preocupasse com ele, e pudesse abrigá-lo.

Não que ele ligasse para isso. Sua vida sempre foi um grande vazio regado pela tristeza e a solidão. Quando criança sonhava em ser adotado, ir morar com uma boa família, mas a medida que o tempo ia passando e ele crescendo seu sonho ia ficando cada vez mais distante. E finalmente desapareceu. O orfanato que o abrigará em sua infância, era um local sombrio e decadente.

Fugiu do orfanato quando tinha quinze anos, não agüentava mais os maus-tratos que sofria. E desde então veio sobrevivendo da maneira que conseguia nas ruas da grande selva de concreto.

Helio procurou abrigo sob uma árvore na praça que ficava de frente para o famoso Vão do Masp, pode observar as pessoas passarem apressadas devido a chuva, mas seus rostos estavam assustados, ele sabia por que; estranhos assassinatos ocorriam na cidade aqueles dias, as vitimas eram aleatórias, isso significava que qualquer um podia ser o próximo a morrer.

Ele não estava muito preocupado com isso, achava que já tinha tido muito azar nestes últimos meses, seria o cúmulo ele ser a próxima vítima do assassino em série, Helio suspirou, tinha vinte anos e tantos problemas em suas costas. Ele sabia que era um guerreiro sobrevivendo da melhor forma que podia aos perigos dessa grande cidade. Mas mesmo um guerreiro destemido tem seus dias em que nada da certo. Ele estava tendo um deles.

Relâmpagos brilhavam nos céus iluminando a noite chuvosa. A chuva aumentava sua intensidade, ficar debaixo de uma árvore não era mais um abrigo seguro, Helio correu da chuva procurando abrigo em local mais seguro e seco. Ofegante chegou a uma ruela deserta olhou para os lados. Nada, alem da penumbra que envolvia o local, estava com fome e muito cansado, mais tais necessidade não deixava obscurecer um fato. Ele estava sendo seguido desde que saíra do parque.

Tomou fôlego e continuo seu caminho fingindo desconhecimento da perseguição. E comentando com sigo mesmo em silencio.

-Se for alguém tentando me assaltar está ferrado, eu não tenho nenhum centavo! Só esta mochila surrada pelo tempo e algumas peças de roupas.

-Mas ser for o assassino em série?

A ideia o fez gelar o sangue, mas ele não deixou transparecer o medo. Continuou a andar com passos firmes.

A rua terminou em um beco sem saída

-Merda! - Como sou sem sorte. Praguejou em sua mente.

Helio olhou bruscamente para trás procurando o seu perseguidor e lá estava ele, um homem encapuzado segurando em sua mão direita uma faca de açougueiro.

“Se esta procurando dinheiro encontrou o cara errado, pois estou completamente liso!” informou ao seu perseguidor.

“ Sangue ...” murmurou o homem.

“-Hã? Como é que é ?” questionou Helio.

“ Eu procuro sangue !!”

O homem levantou o capuz e mostrou o rosto. Tinha a pele pálida e uma enorme cicatriz do lado esquerdo do rosto, seus olhos eram vermelhos e na sua boca os caninos estavam à mostra.

“ Cê está de brincadeira?

-Vai me dizer que você é um vampiro? Conta outra! - Ironizou Helio se preparando para ir embora .

O homem atacou Helio, este desviou rapidamente, mas seu agressor conseguira lhe acerta com a faca abrindo um ferimento em seu braço esquerdo. O sangue escorreu de seu braço.

- Droga cara pare de brincar !! - Gritou Helio assustado.

O homem lambeu o sangue da faca. Helio observou enojado.

Realmente você precisa de um médico cara. Você e muito maluco. Eu podia até lhe indicar um, mas estou com pouco de pressa agora!” disse isso e começou a correr pela penumbra da rua se esquivando do seu agressor maluco, que acha que era um vampiro.

Helio podia sentir o homem o perseguindo, estava chegando perto, ele tinha fôlego para um senhor de meia idade como aparentava. Mas se realmente ele fosse um vampiro como alegava ser, uma corridinha dessa não seria nada para ele. Helio pensava enquanto corria tentando escapar daquela estranha situação.

Uma idéia passou em sua mente. Não teve muito tempo para pensar, simplesmente agiu.

Helio parou bruscamente e desferiu um golpe certeiro no rosto do seu perseguidor que esta logo atrás dele. O homem não parecia ter sentido nada...

-Merda, e agora? -Aquele mostro parece uma parede, nem sentiu meu soco. Ele pensava em silencio.

Helio era destemido e continuo a lutar com seu agressor lhe acertou vários socos, mais o monstro parecia não senti a potencia dos golpes e revidava dando varias estocadas com a faca. Ate que uma delas acertou Helio em cheio na barriga.

Relâmpagos continuavam a iluminaram os céus, clareando por alguns segundos a penumbra que cobria aquele local de batalha. Helio já estava prestes a desmaiar, não tinha comida nada desde manhã e ficar correndo realmente não ajudou, seus músculos estavam travados, não conseguiria dar mais nenhum passo. E para ajudar a ferida na barriga estava sagrando muito.

- Esta com medo meu jovem... - Balbuciou a criatura na sua frente.

Helio caiu de joelhos no chão. Estancando o ferimento com a mão esquerda.

- Vai implorar por sua vida ?

Helio levantou seus olhos e fitou friamente o homem a sua frente, este hesitou devido à intensidade do olhar assino que o jovem demonstrava. Um sorriso macabro surgiu na face de Helio.

-Velho estúpido acha que vou implorar pela minha vida para um doido lunático como você que pensa que é um vampiro?! -Nunca implorei por nada nessa vida, e não vai se hoje que isso irar acontecer. -Ainda mais agora que tenho certeza que você não é um vampiro de verdade ? Ora vampiros não usam lentes de contato vermelhas!! - Falou Helio com olha furioso e o sarcasmo na voz.

Automaticamente o homem levou as mãos aos olhos.

-Isso mesmo otário uma das suas lentes caiu quando eu te acertei o primeiro soco! Esses dentes possivelmente são próteses, pois senti a resistência deles quando acertei seu rosto, mas um fato que comprova que você não é um vampiro e segurar como arma uma faca de açougueiro, um verdadeiro vampiro usaria as mãos para matar suas vitimas e não uma faca de corta pão!! - Helio gritou com todas as forças , depois de proferir as ultimas palavras desmaiou .

- Garoto idiota .

- O que adiantou descobrir que eu não sou um vampiro...ira morrer de qualquer maneira!! - disse o homem se aproximando do garoto com a faca em punho, porem parou. Ao nota um vulto que passou por ele em uma velocidade incrível. Sentiu um toque em suas costas alguém estava atrás dele. Se virou bruscamente e notou a presença de um homem de aparência peculiar.

Ele tinha a face serena e pálida, seus cabelos eram Dreds vermelhos e pretos, trajava calças jeans rasgadas no joelhos e uma camisa preta com um logo de uma banda muito conhecida chamada Angel Santuary. Seus olhos tinham um brilho amarelado e sobrenatural. Tentou esfaquear o estranho que surgira do nada, mas foi facilmente desarmado e teve o pulso quebrado. O estranho o segurou pelo colarinho da camisa, e o jogou contra um ônibus escolar que estava parado ao lado.

O Ser misterioso caminhou lentamente em direção aquele monstro que julgava ser um vampiro e sua voz se fez ouvir:

- O que o senhor faria se encontrasse um vampiro de verdade ? - O Homem perguntou em uma voz penetrante o homem tremeu encostado no ônibus.

Um relâmpago surgiu no céu em seguida veio o som do trovão, este abafou um grito de horror enquanto o falso vampiro tinha sua garganta dilacerada pelas presas daquele ser misterioso que em seguida arrancou a cabeça do farsante e a jogou do lado do corpo já sem vida.

Mais três vultos surgiram ao seu lado. Um deles falou com uma voz serena e feminina

- Khaos o garoto não vai sobreviver por muito tempo. Se não transformar-lo agora, será seu fim. E de nada vai te adiantado essa sua busca.

Khaos olhou para o corpo já sem vida do falso vampiro, e numa velocidade incrível se aproximou do jovem Helio que respirava com muita dificuldade. Ergueu a cabeça do garoto e com lagrimas rubras escorrendo por sua face disse a ele:

-Meu querido irmão demorou duzentos anos, mas te encontrei como prometi. Pena que tenha que ser num cenário como esse. Meu irmão estou muito feliz em te encontra mesmo que seja dessa forma, mas não posso lhe ajudar se você não desejar. Posso te resgata dos portões da terra dos mortos. Mais para isso tenho que te seu consentimento. Pois será um caminho sem volta. -Você gostaria de viver para sempre e poder realizar todos seus sonhos e desejos?

Helio não entendia o que estava acontecendo, só sabia que aquele estranho havia salvado sua vida. E não compreendia o porquê, mas não sentia medo. E tinha a impressão que conhecia aquele homem que o chamava de irmão. Sua voz fraca e tremula se fez ouvir em meio alguns gemidos.

- Não sei que é você. Mas também não me interessa. Não tenho mais nada a perde mesmo, faça o que tiver de fazer se isso for me ajudar.

Helio mal terminou a frase e tossiu violentamente, golfando uma enorme quantidade de sangue, seus olhos começaram a se fechar, no mesmo instante que Khaos o agarrou e gravou suas pressas em seu pescoço sorvendo seu liquido precioso. Rasgou seu pulso esquerdo com as pressas deixando o sangue escorrer. Pressionou o ferimento contra os lábios de Helio deixando o liquido rubro escorreu por sua garganta. O corpo do joven respondeu com espasmos violentos e sua mente despertou envolvida por uma tormenta de imagens e lembranças de vidas passadas, abriu os olhos por um estante e disse:

-Obrigado meu irmão. - Desmaiando logo em seguida.

Relâmpago iluminou o local e a chuva ainda caia forte, os três outros seres presentes que ate então só observam a cena em silencio se manifestarão.

-Mestre, temos que sai daqui agora...Alguém se aproxima.

-Khaos querido.- Um voz feminina sou em meio a chuva e a penumbra. -Você terá muito tempo para colocar os assunto em dia com o garoto. - Agora vamos sai daqui.

Khaos olhou para o vulto feminino e deixando escapar um sorriso. Pegou o jovem Helio e jogou sobre o ombro esquerdo e saltou acompanhando dos três vultos para o telhando de um pequeno edifício, ao mesmo tempo em que uma viatura da policia militar adentrou a rua sem saída onde encontraram o corpo de um estranho homem decapitado.

Em cima do telhado um misterioso grupo observava os policias, que entravam em contato com a central informando o que estava acontecendo. Nesse mesmo instante um raio iluminou o céu revelando a face de três homens e uma mulher. Um dos policiais olhou de relance para o telhado e teve a impressão de te visto algumas pessoas sobre o telhado. Mas quando olhou de novo forçando a vista para te certeza. Nada viu... Seu parceiro lhe puxou pelo ombro e perguntou:

-O que foi cabo Luiz? - Parece que viu assombração.

-Nada não sargento... E só esse tempo loco, tive a impressão de ter visto pessoas sobre o telhado daquele edifício vermelho ali do outro lado. Quando o raio iluminou o local.

-Esquenta com isso não, rapaz. O cansaço e esse tempo maluco causam essas coisas.

-Nosso plantão termina daqui a pouco.

-Vamos aguarda os legistas chegarem, ai podemos ir pra casa descansar.

-E verdade sargento.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Estarei no livro / HISTÓRIAS ENVENENADAS VOLUME 2 - CONTOS DE FADAS DE TERROR


Nessa última terça-Feira, dia 03 /04/2012, a organizadora Cristiana Gimenes entrou em contato comigo para informar que meu conto, "Cinderela, a gata borralheira", que eu havia enviado para o concurso de antologias da Editora Andross foi aprovado.

A Antologia que estarei participando será HISTÓRIAS ENVENENADAS VOLUME 2 - CONTOS DE FADAS DE TERROR.




Sinopse da ANTOLOGIA:
No livro A Psicanálise dos Contos de Fadas, o psicólogo Bruno Bettelheim afirma que "ao contrário do que acontece em muitas histórias infantis modernas, nos contos de fadas o mal é tão onipresente quanto a virtude." E ele está certo, pois muitos não sabem que esse tipo de história foi concebido como entretenimento para adultos. Também não imaginam que, em sua forma original, traziam adultério, incesto, canibalismo e mortes hediondas. Mas não adiantou nada os irmãos Grimm e Charles Perrolt suavizarem essas atrocidades e acrescentado lições de moral em seus escritos, pois, no segundo volume de HISTÓRIAS ENVENENADAS, escritores contemporâneos resgataram todo o horror original em releituras de histórias tradicionais ou novos enredos.



O lançamento do livro está previsto para Junho/2012